Anúncios

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

O que penso sobre Deus

Como definir Deus?

Cada pessoa tem a sua definição sobre Deus, nenhuma é precisa. Aliás, nem mesmo uma mãe consegue definir o seu filho com exatidão. O que dirá então Deus, que não permite ser observado fisicamente, e por isso a ciência nunca conseguiu provar a sua existência, ao mesmo tempo esta não pode afirmar que Ele não existe.

As religiões buscam então definí-lo, cada uma à sua forma, às vezes subjulgadas à interesses políticos, comerciais, etc. Há religiões, que pela sua rigidez, impedem o aprofundamento da definição subjetiva de Deus por parte dos seus fiéis, religiões recheadas de dogmas. No entanto, para aqueles que conseguem se desprender desses dogmas e buscar o conhecimento científico, em conjunção com o conhecimento religioso, poderá entender Deus como um ser muito mais sublime do que as religiões o descrevem.

Assim, eu imagino Deus criando múltiplos universos, ou seja, multiversos, todos da mesma maneira, estabelecendo as mesmas ou variadas leis físicas para cada um deles. Universos eternos ou não, talvez até mesmo, universos que se misturam. Ele tendo conhecimento do destino de cada partícula de poeira componente de cada universo.

Ainda nesse aspecto, o da onisciência, creio que Deus sabe o que você estará pensando daqui a cinco anos, dois meses, dezenove dias e vinte e cinco segundos. Deus, na sua posição privilegiada, observa universos surgindo, se expandindo, regredindo (ou não) e desfazendo-se em frações de segundos. Ao mesmo passo que, em virtude de sua onisciência e onipotência, também acompanha o desenrolar da vida de cada ser vivo que existe, além de, como já dito, tem conhecimento do destino de tudo que existe.

Considerando isso, às vezes me pergunto se Deus realmente se importa com as nossas atitudes. Afinal que importância tem para o universo e para a eternidade se você traiu a sua esposa com a sua cunhada. Principalmente, se a sua esposa não descobriu a sua traição. Talvez Deus queira apenas que nós vivamos e sejamos felizes, ou quem sabe Ele deseja nos dizer "Eu criei vocês, agora vivam e não me pertubem". Brincadeiras à parte, eu acredito no que a doutrina espírita afirma, conforme as palavras de Jesus Cristo, que Deus quer que amemos à Ele acima de todas as coisas, e amemos ao próximo como a nós mesmos.

Mas quanto a isso, acredito que Deus não exige que amemos à Ele e ao nosso próximo, mas que apenas deseja isso. Para isso, nos concede a imortalidade do espírito e a possibilidade de evolução do mesmo até a relativa perfeição, visto que o único ser perfeito absoluto é Deus, isso conforme a ótica espírita.

É importante considerar também, que há possibilidade de que, apesar de Deus ter nos criado, não exista nada de espiritual para nós, humanos. Que o único ser espiritual é Deus. Que a vida do ser humano se resuma apenas à nascer, crescer, reproduzir-se (ou não) e morrer, não havendo nada além disso. E que Deus não esteja nem aí para os nossos anseios, os nossos lamentos, etc.

Na tentativa de descrever Deus à minha maneira há um momento em que o meu raciocínio trava. Considerando Deus como um ser eterno, isto é, não teve início e nunca terá fim, quando, em meio à eternidade, Deus resolveu criar tudo que existe? O que Deus fazia antes de resolver criar o tudo? E o principal, porque Deus criou tudo que existe?

Como Ele é perfeito, o motivo de ter-nos criado não pode ter sido a carência de amor, nem a solidão, nem tédio, visto que essas são qualidades da imperfeição humana.

Então, penso em duas hipóteses: 

Na primeira, Ele nos criou para que possamos amá-lo e adorá-lo, e amar a nós mesmos, mas Deus seria orgulhoso e egoísta se fizesse isso. Novamente, qualidades da imperfeição humana.
 
Na segunda, Deus nos criou para sermos felizes. Mas, a maioria dos seres humanos vive quase plenamente na infelicidade. Além disso, para um ser que não existe, não há necessidade de felicidade, não há carência, não há nada, em virtude da ausência do ser e, consequentemente, da sua consciência. Então Deus poderia ter nos poupado de todo o sofrimento que a humanidade sofreu durante toda a sua história. Além de evitar o sofrimento que possíveis seres de possíveis planetas habitáveis possam ter passado durante a história do universo.

Espero ter a resposta para essas perguntas algum dia, no vida ou no pós-vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário