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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Nossos Últimos Cem Anos


A tempos se fala sobre os efeitos das ações do homem sobre o meio ambiente. Na verdade, desde a Idade Média, em virtude da evolução das técnicas agrícolas, já era possível notar as consequências da exploração exaustiva dos recursos da natureza. Com a Revolução Industrial, essa ação se tornou mais intensa e o homem começou a liberar imensas toneladas de gases poluentes na atmosfera, oriundos da queima de combustíveis fósseis. Aumentando e catalisando o efeito estufa e o aquecimento global, além de enfraquecer a proteção da atmosfera contra os raios ultravioletas através da formação de um buraco na camada de ozônio que foi se expandindo gradativamente.

Apesar de tal situação ser do conhecimento de todos, inclusive sendo divulgada pela grande mídia, os governos e a maioria das empresas não se preocupavam em adotar medidas que resultassem numa utilização sustentável dos recursos naturais. Em 1992, líderes mundiais se reuniram na cidade do Rio de Janeiro e firmaram o compromisso de reduzirem suas emissões de gases poluentes nos anos subsequentes. Entretanto o acordo não saiu do papel. Não se viu nenhuma ação efetiva dos países participantes, nenhuma medida que reduzisse a emissão de tais gases. 

Até que, no ano de 2007, a ONU se pronunciou de forma veemente, alertando sobre os impactos da poluição sobre o clima. Como o aumento da temperatura do planeta em até 6 graus Celsius nos próximos 100 anos, derretendo as calotas polares, inclusive com o desaparecimento total do Pólo Norte, resultando no aumento do nível dos mares e oceanos em até 43 centímetros até o fim deste século, inundando imensas áreas litorâneas e afetando milhões de pessoas. Outros efeitos seriam a desertificação de regiões do planeta que hoje sofrem com as queimadas, erosão e desmatamento desenfreado. Fenômenos climáticos como o El Niño e o La Niña seriam mais intensos e mais recorrentes. Inundações, secas, nevascas, furacões e tornados mais frequentes e mais fortes. Tais efeitos seriam irreversíveis, podendo ser apenas amenizados.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global

Como se já não fosse o bastante tal estado de desesperança, ainda temos acompanhado à constante poluição das fontes de água potável e o assoreamento de rios, projetando uma situação futura de excassez crônica de água. Podendo ser a causa de futuros conflitos armados entre nações. Sem esquecer a contaminação do solo por agrotóxicos causando a infertilidade de milhares de hectares de terras produtivas.

No que tange ao aquecimento global, que por interferir diretamente no clima acaba intensificando os problemas ligados à excassez de água potável e infertilidade de áreas cultiváveis, por maior esforço que a ciência faça em buscar alternativas de fontes de energia renováveis tanto para o consumo em fábricas como nos veículos automotivos, as empresas petrolíferas estão dispostas a esgotar todas as reservas de petróleo antes de incentivar o uso exclusivo de combustíveis renováveis e menos poluentes.

Assim, as empresas acabam não optando em abandonar o uso de tais combustíveis e os governos, por sua vez, apresentam-se passivos e condescendentes a tal panorama, pouco ou nada contribuindo para mudar tal situação, com medo de causar prejuízos ao Fisco e à economia de seus países.  

Portanto, analisando as projeções feitas pelos cientistas e os impactos já percebíveis das mudanças do clima, percebe-se que a humanidade como a conhecemos está com os dias contados. Provavelmente, em 2100, a situação estará tão caótica que a vida humana na Terra será para poucos. A dinâmica da globalização que presenciamos hoje já não existirá mais. Principalmente, levando em consideração a extrema excassez dos recursos naturais.

Enquanto isso, uma pequena elite procurará sua sobrevivência habitando a Lua, ou até mesmo Marte. Recentemente, a Nasa lançou um projeto em que construirá uma base habitacional na Lua, servindo como transição para uma futura missão tripulada à Marte. 
http://news.cnet.com/2300-11397_3-6162208.html?tag=ne.gall.pg

Essa abordagem que eu faço é do ponto de vista cético, deixando de lado qualquer interferência religiosa. As religiões que costumeiramente apresentam hipóteses e profecias acerca de como será o fim do mundo, por fim, estarão erradas quanto à forma que o cataclisma ocorrerá, mas, certas quanto ao destino da humanidade.

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