Anúncios

sábado, 24 de julho de 2010

Copa do Mundo, CBF, e a escolha do novo técnico.

A copa do mundo da África do Sul, em menos de um mês, já foi esquecida. Obviamente, em virtude da eliminação da seleção brasileira da forma vergonhosa como se deu. O Felipe Melo, injustamente satirizado e até hostilizado. O Dunga com sua parcela de culpa na eliminação até porque foi ele que convocou os 23 jogadores. Na hora que o bicho pegou com o Brasil perdendo de virada, ele olhou para o banco e nada podia fazer, e quando quis fazer uma substituição ainda fez errado.

A final foi uma tristeza. Aliás, quando a Alemanha perdeu pra Espanha na semi final eu já acreditava que veria a pior final de copa de todas as que eu já assistí. As duas seleções jogando um futebol feio, sem emoção. A impressão que se tinha é que nenhuma das duas seleções queria ser campeã do mundo. A decisão do terceiro lugar, como disse uma twitteira, foi a final, mas, ninguém tinha avisado. Ela estava sendo irônica, obviamente.

No Brasil, já se perguntava quem seria o substituto do Dunga. Enquanto que o verdadeiro culpado pela eliminação brasileira passeava livre, isento de críticas. E quem o criticava, pegava leve. Salvo exceções.

Este blog andava meio abandonado por este que vos escreve, principalmente, pela falta de visitas. O que me motivou a escrever nele de forma mais efetiva foi umas entrevistas e textos que eu lí do jornalista Jorge Kajuru tanto no Youtube, quanto no seu site oficial http://www.tvkajuru.com e no seu antigo blog http://www.midiasemmedia.com.br/kajuru. E da mesma forma que ele sempre resolveu ser sincero em todas as suas ações e palavras, expondo todos os podres e tudo aquilo que acontece debaixo do tapete do futebol brasileiro, eu também resolví falar algumas coisas que, dificilmente, são ditas, coisas que eu sempre tive vontade de falar. Enfim, expor a minha opinião.

E o que pouca gente fala, nas mesas redondas esportivas da nossa televisão, é que a verdadeira culpada pela eliminação precoce do Brasil na copa do mundo deste ano foi a cupula da Cbf, em especial o presidente Ricardo Teixeira, que a mais de duas décadas comanda o futebol brasileiro. Aliás, não só esta copa, como a de 1998 e a de 2006.

Em 1998, por aquele cambalacho que ocorreu na final da copa contra a França. Em 2006, por ter interferido na escalação, deixando como titulares jogadores que estavam fora de forma, e por permitir que a jornada brasileira na Alemanha fosse uma avacalhação total. Onde os treinos era acompanhados por 5.000 torcedores, o que trouxe ao elenco o clima do "Já ganhou!" e a desconcentração.

Após a eliminação também vergonhosa, não pelo placar, mas, pela atuação da seleção na derrota diante da França, Ricardo Teixeira resolve contratar como técnico um ex-jogador que nunca havia treinado nada nem ninguém, sequer um time da quinta divisão do campeonato paulista. Sabendo, obviamente, que ele não ia conseguir levar a seleção ao hexa. E por que não querer o hexa? Porque naquela época, nos bastidores, já estava confirmado que o Brasil sediaria a copa do mundo de 2014. Então, como disse o jornalista Jorge Kajuru quando foi entrevistado pelo Roberto Cabrini, nada melhor que o Brasil conquiste o hexa jogando em casa, com o calor da torcida, para que a família Teixeira e Havelange fique mais 20 anos no comando da Cbf.

Ricardo Teixeira contrata Dunga, que começou mal, mas, depois que conquistou a Copa América de 2007 ganhou credibilidade. Ganhou mais credibilidade ainda quando foi campeão da Copa das Confederações em 2009. Mas, a falta de experiência o traiu. Pois, nestes dois títulos a seleção jogou com os seus craques bem fisicamente, sem contusões. E ele não considerou, na convocação dos 23 para a copa deste ano, que alguns dos seus craques poderiam estar mal fisicamente, ou até sofrer contusões. Principalmente, em relação aos jogadores de meio-campo, em especial, o Kaká. Assim Dunga não levou todos os craques que deveria, deixando de fora as melhores opções que poderiam substituir o Kaká, num caso de lesão ou suspensão. Me refiro aos meias Ronaldinho Gaúcho e Paulo Henrique Ganso.

E o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, que apoiou do ínicio ao fim a dinastia da MSI no Corinthians, foi chefe da delegação brasileira na copa deste ano. Provavelmente já articulando negociatas com Ricardo Teixeira, inclusive a liberação de Mano Menezes após a iminente eliminação da seleção brasileira.

Dito e certo, menos de um mês após a eliminação brasileira, dois blefes na escolha do treinador subsequente, dois convites para dois técnicos aclamados. Primeiro, Luis Felipe Scolari, que disse que sequer havia recebido um convite da Cbf. Depois, Muricy Ramalho, que aceitaria o convite se o Fluminense o liberasse. O Fluminense não liberou, sendo este o segundo blefe de Ricardo Teixeira, pois, o atual presidente do Fluminense, Roberto Horcades, é o cardiologista particular de Ricardo Teixeira há 30 anos. Ou seja, provavelmente, Ricardo Teixeira já havia combinado com Roberto Horcades para não liberar Muricy Ramalho. Confirmando no mesmo dia, a contratação de Mano Menezes como novo técnico da seleção brasileira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário