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sábado, 22 de junho de 2013

A Revolução de 2013

O Brasil está passando por um momento histórico, mesmo que as manifestações que tem mobilizado o território nacional se encerrem hoje, este movimento já ficará marcado na história.

O movimento é legítimo, é válido e justo. Este blogueiro, a princípio era contra as manifestações dos jovens paulistanos contra o aumento da passagem de ônibus e a favor do passe livre. Ainda sou contra o passe livre, mas agradeço a atitude dos paulistanos em ter incentivado o povo brasileiro a se revoltar e protestar contra décadas de descaso do poder público, em relação à educação, saúde, segurança, transporte, além da corrupção descabida e dos altos gastos para a Copa do Mundo de 2014.

As autoridades do Poder Executivo já estão se movimento temendo que o caos se instaure. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin e o prefeito da capital Fernando Haddad, anunciaram a redução das passagens, a presidente Dilma Rousseff já anunciou que irá agir a fim de atender as reivindicações, mas isso não tem sido suficiente. 

As manifestações não devem parar. Há um risco, e é um risco bastante provável, de que os governantes tomem medidas paliativas que apenas forneçam uma satisfação momentânea de algumas das reivindicações. Mas que, a médio prazo, tudo volte como estava antes. 

A única garantia de uma mudança verdadeira é a continuidade das manifestações até a solução concreta dos problemas apontados pelos manifestantes, pelo povo brasileiro. Atitudes de fato efetivas, e não apenas promessas. 

O povo brasileiro, ao longo de sua história, sempre se manifestou contra as mazelas sociais causadas pelo governo. Desde os tempos do Brasil Colônia, quando o principal foco, além da miséria e os abusos do governo português, era a luta pela independência. Motivo esse que transformou-se na luta pela democracia nos tempos de Dom Pedro I e Dom Pedro II. Com a república, a miséria inspirou movimentos como a Guerra de Canudos e a do Contestado que visavam a emancipação das regiões onde desencadearam os conflitos. Sem esquecer as lutas pela democracia nos tempos da ditadura, e já na democracia, o movimento das Diretas Já.

A diferença é que este movimento, que está ganhando ares de revolução, tem potencial para realmente mudar a vida do povo brasileiro para melhor.  Em fazer com que o governo brasileiro, de uma forma geral, trate a satisfação das necessidades da população como prioridade. Visto que, desde sempre, o governo tratou como prioridade a satisfação dos anseios daqueles que detiveram o poder, realizando a vontade do povo somente quando esta não contrariava os interesses do governantes. Atualmente, por exemplo, vemos um governo que tenta maquiar os problemas da população com dados manipulados, inclusive com a ajuda de boa parte da imprensa, e tentando atender às necessidades com medidas que não acompanham o agravamento dos problemas sociais. 

Quando o governo toma alguma medida mais efetiva a favor do povo, a oposição trata de dificultar o máximo possível a concretização da mesma. Pois, novamente, não tem real interesse em solucionar os problemas do povo, mas tão somente em denegrir a imagem dos partidos do governo visando tomar o posto dos mesmos nas eleições seguintes. O governo, a que me refiro, é tanto a nível nacional como nos Estados de uma maneira geral.

Os atos de vandalismos, que mancharam o movimento, querendo ou não, foram a gota d’água para que os governantes começassem a agir. Prometendo mudanças, ou até mesmo realizando-as, como no caso da redução das tarifas de ônibus nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo.

Com vandalismo ou não, que a revolução não pare!